Aguçada pelo contexto de pandemia, a reflexão sobre o conceito de lugar e a vivência de espaços comunitários permeia os três debates que integram o seminário do festival, na terça (27), quarta (28) e quinta (29/4), sempre das 15h às 18h. Conheça abaixo cada uma das mesas e seus participantes.
Síntese: A rede como lugar de criação, a Net arte, o cinema online, a vida em rede.
Premissas: O espaço online revisitado, re-virtualização de poéticas, adaptações de obras e contextos ao ambiente web, a redescoberta da net-arte, ações no campo da arte gerando novas linguagens no ambiente online, as implicações institucionais. Efeitos colaterais: A disponibilidade repactuada, o tempo nas telas, a exaustão, os fins do sono.
Giselle Beiguelman
Giselle Beiguelman é artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). É autora de Memória da amnésia: políticas do esquecimento (Edições Sesc, 2019) e de vários livros e artigos sobre a cultura digital. Entre seus projetos recentes destacam-se Odiolândia (2017), Monumento Nenhum (2019) e Coronário (2020). É membro do Laboratório para OUTROS Urbanismos (FAUUSP) e coordenadora do GAIA (Grupo de Arte e Inteligência Artificial do INOVA-USP). Suas obras artísticas integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha), Jewish Museum Berlin, MAC-USP, MAR (Rio de Janeiro) e Pinacoteca de São Paulo. Entre outros prêmios, recebeu o Prêmio ABCA 2016 (Associação Brasileira dos Críticos de Arte), categoria Destaque. É colunista da Rádio USP e da Revista Zum.
Fernanda Brenner
Fernanda Brenner nasceu em São Paulo, Brasil, em 1986. É curadora, crítica de arte e fundadora e diretora artística do Pivô, em São Paulo. Em paralelo ao seu trabalho na instituição, atua como consultora de arte latino-americana da Kadist Art Foundation, faz parte da equipe curatorial da feira italiana Artissima, é editora colaboradora da revista Frieze e integra o comitê de desenvolvimento da plataforma Ordet em Milão. Entre suas curadorias mais recentes estão as exposições individuais República, Luiz Roque (2020), Avalanche, Katinka Bock (2019), ambas no Pivô e as coletivas A Burrice dos Homens, na galeria Bergamin Gomide, São Paulo (2019), Neither, Mendes Wood DM, Bruxelas (2017), co-curadoria da exposição Caixa Preta, na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre (2018). Seus textos já foram publicados em uma série de publicações, incluindo Textwork da Fondation d’Enterprise Pernod Ricard, Art Review, Terremoto, Mousse, Cahiers d’Art, além de contribuir com catálogos institucionais, nacionais e internacionais, e monografias para a editora Cobogó, MASP, Centre Georges Pompidou, Fridericianum e MOCA Detroit.
Livia Benedetti
Livia Benedetti é curadora e pesquisadora de arte contemporânea. Já curou projetos em instituições como Jeu de Paume, CCA Wattis Institute, Brandts Museum, Pro Helvetia, Pivô e Sesc, entre outros. Em 2017 cofundou a plataforma de arte aarea.co, onde atua como diretora e curadora. O aarea comissiona e apresenta trabalhos de arte concebidos especialmente para a internet. Apenas um projeto é exibido a cada edição e os artistas convidados respondem ao desafio de conceber, normalmente pela primeira vez, uma obra cujo veículo exclusivo é a internet. As atividades do aarea também se estendem para além da internet, em um programa público de curadorias, encontros e parcerias com outras instituições, sempre partindo de uma perspectiva pós-digital.
Christine Mello _mediação
Christine Mello (Rio de Janeiro, RJ, 1966) é crítica, curadora e pesquisadora. É autora de Extremidades do Vídeo (Senac, 2008), coautora de Tékhne (MAB, 2010), organizadora e autora do livro Extremidades: experimentos críticos – redes audiovisuais, cinema, performance, arte contemporânea (Estação das Letras e Cores, 2017), e coordenadora editorial da Coleção Extremidades (Estação das Letras e Cores). Doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, é professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica e do curso Artes do Corpo da PUC-SP, assim como dos cursos de Artes Visuais da Pós-Graduação em Fotografia da FAAP, em São Paulo. Como crítica de arte e curadora, trabalhou para Bienal de São Paulo, Videobrasil, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Madri), Itaú Cultural, Laboratório Arte Alameda (México DF), Paço das Artes, Sesc São Paulo, entre outros. É coordenadora do Grupo de Estudos Extremidades: redes audiovisuais, cinema, performance e arte contemporânea.
Síntese: Emissões, transmissões, telepresença, projeções de luz.
Premissas: Experiências audiovisuais em ambientes de telepresença. Novas configurações virtuais, imersivas e convergentes. Os fluxos de sinal mediados pelas redes, os paradigmas do 5g.
Efeitos colaterais: Os excessos do online, as informações que escapam do controle, os dados que vazam, as informações que se dispersam.
Gilbertto Prado
Artista e coordenador do Grupo Poéticas Digitais. Estudou Artes e Engenharia na Unicamp e doutorado em Artes na Universidade Paris I. Tem realizado e participado de inúmeras exposições no Brasil e no exterior. Atualmente é Professor do PPG em Artes Visuais da ECA – USP e do PPG Design da Universidade Anhembi Morumbi.
Lyara Oliveira
Diretora de Inovação e Políticas do Audiovisual da Spcine empresa de cinema e audiovisual da Cidade de São Paulo responsável pelo desenvolvimento, financiamento e implementação de programas e políticas para os setores de cinema, TV, games e novas mídias. Criadora, produtora e diretora de conteúdo audiovisual e de experiências imersivas, gestora de projetos, professora e pesquisadora. Mestra em Artes Visuais. Doutoranda na ECA/USP em Meios e processos Audiovisuais.
Toni Baptiste
Toni Baptiste é artista multimídia, mestre em Ciência da informação pela ECA-USP desenvolve pesquisa ligada à movimentos culturais insurgentes é cocriador do Coletivo Coletores referência em ações com arte e tecnologia em periferias. Já realizou uma série de ações para instituições e marcas como: Red Bull, Casa Natura musical, Puma, SESC, Itaú, FILE, SPURBAN entre outros.
Demétrio Portugal _mediação
Curador e gestor cultural, Demétrio desenvolve plataformas culturais, de comunicação, e redes de articulação artística desde 2003. Hoje baseado em São Paulo, é diretor do AVXLab – Laboratório Audiovisual Expandido, iniciativa com ações que envolvem processo residências, publicações e projetos culturais. Trabalhou como curador e diretor artístico a frente da MatilhaCultural de 2008 a 2014. Inicializador da Rede Audiovisual Expandido ALTav. Foi curador da mostra Expressões da Revolução, apresentando sobre a primavera árabe, exposição multimídia que itinerou por São Paulo e Porto Alegre. Como produtor realizou diversas mostras, festivais e exposições e intervenções ligadas, principalmente, às expressões contemporâneas do cinema, música, arte e tecnologia.
Síntese: O lugar tornado espaço desabitado. A potência da rua esvaziada.
Premissas: O espaço físico diante de novas restrições de convívio social. A dureza do concreto habitada por transitoriedades. O espaço precarizado, o corpo físico confrontado com convenções sociais que se tornaram anacrônicas. A necessidade de se manter espaços ativos. Efeitos colaterais: A vida represada, a multidão suprimida.
Rafa Ferro
Nascido em Santo André, ABC Paulista, é ator e produtor cultural. Formado em Artes Cênicas com especialização em Gestão Cultural, é produtor da Cia Os Crespos (Teatro) e também colaborador ativista da Ocupação 9 de Julho/MSTC.
Kako Guirado
Kako Guirado, SP1962, Sonorizador, ex-empresário, Espaço OFF 88 e Usina Sonora até 2012. Produção de infra estrutura, direção e coordenação técnica de áudio. Desenvolvimento de tecnologia – criação e desenho de som (sound design). Teatro da Vertigem, Teatro de Narradores; FILO Fest. Inter. de Londrina; Bienais de Arte e Arquitetura SP; Banda Esquizofônica; LABMIS; Mam-Sencity; Hoje provocador cultural no Condô.
Camila Mota
Atriz, dramaturga, diretora, produtora, compositora e artista visual. seu trabalho está na encruzilhada entre teatro, performance, desenhos, vídeo e instalações. entrou na Companhia Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona em 1997 onde atuou na criação e concepção de todos os projetos da companhia desde então. foi co-diretora de Os Sertões, projeto de transposição do livro de euclides da cunha para a dramaturgia e linguagem audiovisual. faz parte do time de coordenadores da Universidade Antropófaga – prática de troca e transmissão de conhecimentos do Teat(r)o Oficina. em 2019 dirigiu Mutação de Apoteose, espetáculo de abertura da FLIP, uma devoração de Os Sertões para o aqui-agora. atua também como diretora e conselheira do vídeo e do cinema ao vivo no Teat(r)o Oficina – introduzido na década de 80, e forte característica da linguagem da companhia. é diretora da produtora Cabra Filmes e artista e performer no Arquivo Mangue, organismo vivo de trabalho e produção no cruzamento das linguagens do teatro, do vídeo, da poesia e das artes visuais, em parceria com cafira zoé.
Lucas Bambozzi _mediação
Artista multimídia e pesquisador em novos meios. Produz vídeos, instalações, performances audiovisuais e projetos interativos, tendo trabalhos exibidos em mais de 40 países. Conduziu atividades pioneiras ligadas a arte na Internet no Brasil entre 1995 e 1999 na Casa das Rosas. Foi curador e coordenador de eventos como Sónar SP (2004), Life Goes Mobile (Nokia Trends 2004 e 2005) e Motomix 2006, Red Bull House of Art (2009) e Lugar Disssonante (2010), tendo atuado também em eventos coletivos como Mídia Tática Brasil (2004), Digitofagia (2005) e Naborda (2012). Foi artista residente no CAiiA-STAR Centre/i-DAT (Planetary Collegium) e concluiu seu MPhil na Universidade de Plymouth na Inglaterra com a tese Public Spaces and Pervasive Systems, a Critical Practice. É doutor em Ciências pela FAUUSP com a pesquisa Do Invisível ao Redor: Arte e Espaço Informacional, envolvendo a emergência de campos eletromagnéticos em espaço públicos. Criador, curador e diretor do AVXLab.