Entrevista

[corpo tecnológico]

Malka Julieta fala sobre o corpo transvestigenere também como disparador de uma mutação na imagem que temos da sociedade e que, com ajuda da tecnologia, coloca a orientação da estrutura do seu corpo nas mão da pessoa que o habita, como parte do seu processo criativo e em confronto as orientações rígidas da sociedade, do estado e do modelo econômico hegemônicos.

Malka Julieta

Há 20 anos transitando por mundos e estilos musicais em suas vivências artísticas, sendo produtora musical teve oportunidade de trabalhar com diversos artistas de uma série de gêneros distintos, além dos próprios projetos pessoais. Já tocou em bandas consagradas do indie nacional como Starfish 100 e Omega Mary, mas foi no duo de música eletrônica We Say Go que aconteceu o ponto de virada na carreira da artista, tocando ao lado de artistas nacionais e internacionais. No auge do duo We Say Go, começou a trabalhar com trilhas sonoras e estudar música mais profundamente, trabalhou desde então com marcas, fazendo mixtapes e trilhas sonoras originais para peças comerciais, seriados e filmes. Em 2016 abre a produtora 3dB Áudio. Além das atuações no mercado da música popular a artista também atua na música clássica, Em abril de 2018 Malka voltou a tocar na Sala São Paulo, desta vez tocando viola com a Orquestra Sinfônica da Fundação das Artes, em um concerto especial de 50 anos da instituição, que contou com participação especial de João Bosco. Desta vez voltou como travesti, fazendo assim dela a primeira pessoa trans a tocar na sala de concertos que é uma das mais respeitadas do mundo. Após a transição, no início de 2018, vem a segunda guinada na carreira. Esse é o ponto onde Malka consolida sua identidade musical, atuando como dj, produtora musical, pianista, cantora, compositora, violista, produtora cultural, educadora. Desde então vem estabelecendo novas e consistentes parcerias com importantes nomes da cena transvestigênere, feminina e queer. Atua também como educadora, realizando oficina de produção musical e beats nas perifeiras, e produtora cultural. No meio eletrônico, é residente da Mamba Negra e Sangra Muta, e está em processo de lançamento de álbum pela Mamba Rec. No final de 2018 lançou a gravadora Trava Bizness, a primeira gravadora da história focada em artistas trans. Malka é um nome em plena ascenção, que vem ganhando destaque em todos os lugares por onde passa, e vem passando por todos esses lugares abrindo caminho para a prosperidade travesti.

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